O crescimento das indústrias de SP
O crescimento vertiginoso de São Paulo - em 1872, a capital da província cafeeira, com módicos 32 mil habitantes, era apenas a décima maior cidade do Brasil, que permitiu à cidade se consolidar como, atualmente, a quarta maior metrópole do mundo, com quase 20 milhões de habitantes, é necessário compreender as características do processo de concentração industrial brasileira, exigindo uma atenção mais detida nos seus dois principais impulsos, no século 20 em 1930, com a indústria de substituição de importações, e na década de 1950, com a indústria automobilística.
Foi no Estado Novo que ocorreu a implantação de parte fundamental da infraestrutura necessária para o desenvolvimento da industrialização. Coube ao Estado um papel relevante no alargamento das bases produtivas, como "empresário" na indústria de base ou rompendo os pontos de estrangulamento em energia e transporte, ou, ainda, como regulador do mercado de trabalho, através de uma complexa legislação trabalhista.
Mas foi com o segundo grande impulso da industrialização no Brasil, no governo de Juscelino, que houve a consolidação definitiva do capitalismo industrial brasileiro. No fundo, o famoso slogan do governo de J. K. "Cinquenta anos em cinco", tinha na indústria automobilística seu carro-chefe. Investimentos maciços foram feitos para garantir as condições gerais da produção industrial, tais como os realizados nas áreas de energia, de transporte, de aparelhamento portuário, da educação e da saúde.
A transformação de São Paulo em importante centro industrial deu-se progressivamente, mas já eram plenamente visíveis na década de 1920, as manifestações artísticas do grupo Modernista em 1922 refletem bem este fato. O processo de industrialização no Brasil, centrado em São Paulo, muito se beneficiou de dois eventos históricos de grande importância: a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, respectivamente ocorridas de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945, períodos em