O corvo e a raposa
Era uma vez um grande corvo negro que vivia num bosque, perto de um ribeiro.
Nesse bosque, vivia também uma raposa muito matreira.
Certo dia, o corvo estava esfomeado e decidiu ir á procura de comida. Ele viu um pedaço de queijo no chão. Que sorte!
Silenciosamente, agarrou o queijo com o seu bico negro e voou rapidamente para uma árvore.
Estava o corvo empoleirado no ramo, a prepara – se para o banquete, quando uma raposa muito esfomeada por ali passou. Ela reparou no queijo que o corvo segurava firmemente. O queijo devia ser saboroso.
“Bom dia, senhor corvo”, disse a raposa. “Você está muito bonito hoje. Que bela plumagem! Se a sua voz for tão bela como as suas penas, será, sem duvida, a ave mais bela da floresta. Não quer presentear – me com o seu canto melodioso?”
Ao ouvir estas palavras, o corvo ficou muito feliz. Ele estava verdadeiramente orgulhoso, vaidoso até. Para mostra a sua bela voz, abriu o bico e... claro, o queijo caiu mesmo junto do nariz de faro apurado da raposa.
De imediato, a raposa agarrou o pedaço de queijo e devorou – o. Estava delicioso e ela ficou saciada e feliz. Depois, retirou – se apressada, e desapareceu no bosque.
O grande corvo negro ficou envergonhado, pois deixaram – se levar pelas palavras lisonjeiras da raposa. “Não deve escutar as lisonjeadores, senhor corvo”. disseram – lhe a raposa
E tinha razão.
E assim, o corvo teve de procurar comida em outro sítio do bosque.