O CORUJA
Livro O Coruja
Aluízio de Azevedo escreveu o livro O Coruja.
Publicado em 1887, a obra retrata a classe média oitocentista, e seus problemas como: o casamento, as finanças, a juventude, heranças, intrigas, etc. Ainda que relevante, o personagem que dá título ao romance, é figura secundária dentro do enredo. O protagonista é Teobaldo, André, O Coruja, conheceu no internato e do qual se fizera protetor até a sua morte. Segundo o professor Massaud Moisés, a obra flutua entre o esteticismo com vistas ao entretenimento e o flagrante verídico da conjuntura do final do século XIX.
RESUMO
O Coruja começou a aparecer em 1885, no rodapé do jornal carioca O Paiz. Cinco anos depois, essa tentativa pouco feliz de análise psicológica ganha o formato de livro, saindo junto com O Cortiço. Com o Coruja, Aluísio tenta a análise psicológica, mas seu esforço redunda em maniqueísmo romântico tardio, uma vez que suas duas personagens encarnam comportamentos opostos e imutáveis. Coruja é o apelido de André Miranda de Melo e Costa, menino feio, órfão, criado por um padre que não fazia questão de dissimular a contrariedade que o menino lhe causava. Aos 12 anos, o Coruja é enviado à escola, onde logo se impõe pela força física e pela presteza intelectual.
Para compensar seu retraimento, Coruja cataloga livros na biblioteca, estuda com afinco, inicia-se em flauta e faz horticultura. Suas férias, sempre sozinho na escola, só melhoram depois que fica conhecendo Teobaldo Henrique de Albuquerque, menino rico e viajado, bonito e elegante, filho de um credor da escola.
A amizade entre ambos desenvolve-se rapidamente, tornando-se o Coruja uma espécie de sombra do amigo.
Anos depois, consolidada essa amizade, Teobaldo e Coruja estão no Rio para prosseguir os estudos. Teobaldo envolve-se logo com proprietária do quarto que aluga e também com uma prostituta de alto nível. Enquanto isso, Coruja fracassa nos exames preparatórios e torna-se professor particular. Um haverá de