o cortiço
Nascimento – Bertoleza aparece na história após a apresentação de João Romão no primeiro capitulo, sendo apresentada como quitandeira, crioula, que tem 30 anos, escrava, amigada com português, sonhava com a liberdade por meio de uma carta de alforria, submissiva e trabalhadeira na condição total de inferioridade, ao lado e aos pés de João Romão. “Bertoleza crioula trintona, escrava de um velho cego residente em Juiz de Fora, e amigada com português que tinha uma carroça de mão e fazia fretes na cidade”(cap1).Após a morte de ‘’seu homem’’ , João Romão mostrou interesse e tornou-se caixa de sua quitanda, e assim ela criou uma confiança por ele juntando os bens, moram juntos e começam a se relacionar intimidamente.
Alimentação(vida)- Uma mulher forte, trabalhadora, escrava sofrida, uma personagem praticamente sem voz no romance, é a que mais sofre abusos e de quem João Romão mais se aproveita; ela foi enganada e explorada por ele até quando precisa se livrar dela “Mas e a Bertoleza? Sim preciso acabar com ela!despacha-la!sumi-la por uma vez”(cap21). E apesar dela ser influenciada por João ao longo de sua trajetória, ela sabia muito bem suas intenções lucrativas, tanto no nascimento do cortiço quanto quando ele tenta mata-la. Ela trabalha na quitanda e no cortiço e sempre que João Romão precisava ela estava disposta a ajuda-lo “Representava agora ao lado de João Romão o papel tríplice de caixeiro, de criada e de amante. Mourejava a valer, mas de cara alegre; às quatro da manhã estava já na faina de todos os dias, aviando o café para os fregueses e depois preparando o almoço para os trabalhadores de uma pedreira que havia para além de um grande capinzal aos fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado la fora; fazia sua quitanda durante o dia no intervalo de outros serviços e a noite passava-se para a porta da venda, e de fronte de um fogareiro de barro fritava fígado e frigia sardinha...”(cap1).