O Cortiço
Módulo: O Encontro entre o rural e o urbano
Docente: Oswaldo de Oliveira Santos Junior
Temática: A humanidade construindo seu espaço: geografia humana e social geral e do Brasil
Polo: Perus
Integrante: Bruno Santana
O Cortiço
O Cortiço (1890), romance de Aluísio Azevedo, foi marcante para a literatura brasileira devido ao fato de ser pioneiro ao tratar de psicologia social em um romance. A obra traz um aspecto sociológico ao retratar o modo de vida nas habitações coletivas (na obra, do Rio de Janeiro) de classe baixa e média, algo que na época era atípico entre os escritores realistas ou naturalistas. A obra discorre detalhadamente acerca das características pessoais de cada personagem e sua metamorfose em detrimento do meio em que vivem, tratando as personagens como consequência do cortiço, o qual vai determinar seus comportamentos no decorrer da história. Isso caracteriza a linha positivista e determinista do seculo XIX, a qual é exemplificada na personagem Jerônimo, que passa de trabalhador honesto que vivia para a mulher a malandro adultero e preguiçoso. Por tratar de psicologia social, a obra torna-se uma ferramenta muito rica para reflexão acerca de um trabalho educacional. Levanta em seu enredo indagações como: a forma que se educava as crianças na época e seu método de ensino escolar, quem que educava, como educava e quem era o educando. Trabalha também as questões de convívio em comunidade, liberdade, status socioeconômico, preconceitos, valores, caráter, moralidade, vícios e acessibilidade. De fato a obra também impressiona ao passo que transmite a importância do espaço geográfico onde se passa o romance, suas características e transformações decorrentes dos interesses pessoais de personagens peculiares, explicitando a influencia que o individual exerce no coletivo. Outra contribuição do autor é fornecida pelo marco histórico da obra, que fora não apenas um construto imaginário, mas sim uma