o corpo na escola
A experiência revela outra relação com a leitura. Um livro que funciona como experiência também afirma uma série de verdades que pode ser constatada ou refutada. Um livro funciona como experiência quando, depois de lê-lo, já não podemos mais saber o que sabíamos antes, como o sabíamos. Se a verdade consolida os lugares já habitados, a experiência é uma espécie de viagem que permite sair do lugar que se habita. Temos então a experiência e a verdade como possibilidades da escrita e da leitura.
Pensando na educação, a verdade e a experiência são possibilidades do corpo. Há corpos que funcionam como verdade para reproduzir padrões ou valores socialmente impostos. Há também o corpo experiência. Neste caso, as praticas corporais não visam à consolidação e à transmissão de uma verdade sobre o corpo, mas ao contrário, colocar em questão as verdades que o corpo carrega consigo.
A escola tem funcionado como uma das instituições mais poderosas na legitimação e na transmissão das verdades de uma sociedade, não apenas a respeito dos corpos. Pensemos num professor de uma escola qualquer. Ele também tem a verdade e a experiência como possibilidades. Um professor