o corpo diante da medicina
O Corpo diante da Medicina Durante o século XIX houve o reconhecimento ao direito à doença. Já no século XX, houve um novo direito do homem, o direito à assistência médica, tendo assim uma plena realização pessoal. Junto com o direito a saúde, a medicina trouxe para o século XX regras de comportamento, censura ao prazer, e impões uma série de recomendações para o cotidiano. O domínio foi grande, causando uma resistência da população; Nas intervenções, algumas delas iam desde a integridade da pessoa até seu modo de reprodução e maneira de morrer. Dando então a permissão das autoridades políticas e religiosas terem um lugar na sociedade. I. O corpo no século XX: nem doente nem são Porém, o século XX se gaba de muitas vitórias sobre as doenças. Na verdade se desfaz das enfermidades, mais do que as eliminou. Antigamente, a doença era um ritual, que estendia por dias, onde a família vivia com a angústia e com esperança de cura. Um episódio era a “crise”, um momento crucial em que estava em jogo a sorte do enfermo. No final do século XX, a experiência da morte ainda era desfeita e mantida a distância. Hoje em dia com o uso dos medicamentos abrevia a cura, Os antibióticos “cansam”, este é o termo usado, pois desafia as forças do organismo. Aos poucos a experiência de doenças na infância foi se tornando rara. Elas se desfizeram no espaço, e a tendência é de os números de leitos de hospitais diminuírem. George Canguilhem é um epistemólogo, que em sua tese de 1945 sobre “O Normal e o patológico”, que a enfermidade não é um fundo senão para inevitável, visando um princípio testar e reforçar as defesas do organismo. A doença não é um estigma, ela caracteriza de certo modo o ser vivo. No século XVIII, a palavra-chave era a felicidade, no século XIX a liberdade, já no século XX a saúde. A preocupação com a saúde é superior á preocupação com a doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) dotou no século XX um novo direito ao homem,