O corpo como sujeito
CORPOREIDADE
Ultimamente, as questões referentes ao corpo tornaram-se alvo de preocupações e debates. Torna-se cada vez mais presente a necessidade de observação do corpo numa nova perspectiva, ou seja, apoiada em uma abordagem que requer uma amplitude de conhecimentos e possibilita o entendimento da complexidade humana e do significado da palavra corpo num sentido mais amplo. Superando, por conseguinte, a visão massificada imposta pelos veículos de comunicação que normalmente enfatiza o corpo atlético, sarado, competitivo, malhado, que na maioria das vezes, resume-se a um corpo objeto. A característica central desse corpo é a busca desenfreada pela estética, pelo status, pelos modismos e que acaba levando pessoas a se violentarem fisicamente e, principalmente psiquicamente.
A cada dia novas pesquisas revelam a importância de estudos que abordem a corporeidade no contexto histórico atual. Verifica-se no dicionário que corporeidade compreende a essência ou a natureza dos corpos. Os manuais nos fornecem o domínio científico e a etimologia nos diz que corporeidade é derivada do corpo, isto é, o organismo humano, visto, de forma equivocada, como oposto à alma.
A corporeidade, enfim, é relativo a tudo que preenche espaço e se movimenta, e que ao mesmo tempo, situa o homem como um ser no mundo. É uma totalidade integrada cujas ações existem sempre em função do conjunto. Esta visão provoca um movimento de reação contra a idéia do corpo objeto, da cultura narcisista que alimenta o individualismo.
Educar para a corporeidade significa educar as pessoas para que deixem emergir o corpo sujeito, o corpo vivido fundamentado na auto-aceitação e no auto-conhecimento, cuja sustentação encontra-se na solidariedade coletiva. As escolas, os professores, de modo geral, e não somente os que ministram aulas de Educação Física podem ser importantes aliados nessa luta de conscientização.
Os alunos precisam deixar de ser um espectador no processo de