O Coração da Trevas e sua ligação com a antropologia

O CORAÇÃO DAS TREVAS
E SUA LIGAÇÃO COM A ANTROPOLOGIA

GIULIANA DE ALMEIDA LIMA
TURMA: 1U
O livro retrata a história de Charlie Marlow, que, substituindo o antigo capitão que havia sido morto, comandava um barco a vapor de uma Companhia que realizava o comercio de marfim através do rio Congo (África).
Em sua jornada pelo Congo, presenciou muita brutalidade e trabalhos forçados, negros sendo tratados como animais selvagens, sem personalidade, como se fossem coisas. Isso graças à suposta superioridade que os brancos entendiam como certa, pela má interpretação da teoria de Darwin, onde pensavam ser mais evoluídos que os negros.
A eugenia, que era a busca pela limpeza racial, ocorreu por volta da mesma época da história do livro, assim, podemos fazer uma ligação com essa suposta idéia de que os brancos eram superiores e achavam que deveria haver um aperfeiçoamento do ser humano, eliminando os que não eram puros racialmente, como por exemplo, os negros. De certa forma, isso ocasionou o terrível holocausto negro em várias partes da África por europeus, em busca da limpeza e por riquezas, símbolo perfeito da arrogância e egoísmo.
A narrativa é baseada no contraste (selvagem e civilizado, branco e negro), o qual, para a antropologia, pode ser visto como uma reflexão entre o bem e o mal, que parece ser o ponto chave da história.
Um bom exemplo desse contraste é o capitão Kurtz, que é mencionado logo no início do livro por alguns personagens, descrito como “um agente de primeira classe”. Era um comerciante de marfim que, pela convivência e pela longa estadia, se deixou influenciar pela magia do continente africano aderindo aos instintos selvagens. As menções anteriormente citadas é o que faz Marlow se interessar e ir atrás dele.
Kurtz simboliza a trajetória do europeu civilizado que entra em contato com as “trevas”. Onde, com o passar do tempo, acaba por representar a decadência moral e física do europeu em contato com o