A história do conceito de deficiência acompanha a evolução da conquista dos direitos humanos, inserida na filosofia humanista. Na Idade Média, a documentação é escassa, propiciando especulações sobre extremismos prováveis. em Esparta, crianças portadoras de necessidades especiais eram considerados sub-humanas, tornando-se legítima sua eliminação ou abandono. As características das crianças portadoras de necessidades especiais não eram condizentes aos ideais atléticos e clássicos que serviam de base a organização sociocultural de Esparta e Grécia, os romanos mais tolerantes costumavam exibi-los em festividades. Afirma, ainda, que com a difusão do cristianismo na Europa, as pessoas portadoras de necessidades especiais foram excluídas no plano civil e teológico. A partir dai o as pessoas com deficiência ganham alma e, como tal, não podem ser eliminadas sem atentar-se contra desígnios da divindade. Contudo, sendo a deficiência pouco acentuada e dependendo dos familiares, poderiam sobreviver, No século XIII surge na Bélgica uma colônia agrícola considerada a primeira instituição para abrigar pessoas portadoras de necessidades especiais ou de alguma anomalia. No século seguinte com Eduardo II da Inglaterra, cria-se um guia para proteger as propriedades dos “idiotas”. Eram despostos de seus bens, em troca do atendimento às suas necessidades. A caridade estava diretamente relacionada às posses dos denominados “idiotas’’. O autor relata que os deficientes eram denominados de idiotas, imbecis, cretinos, foram termos utilizados para designar as pessoas portadoras de necessidades especiais em diferentes níveis, tornando-se nos dias atuais expressões agressivas os nossos ouvidos. No decorrer do história, diversos termos tem sido utilizados com o intuito de identificar essas pessoas consideradas diferentes, aos olhos da sociedade. O portador de necessidades especiais é acolhido pelo cristianismo, tem alma, livra-se exposição, mas merece o castigo pelo “pecado” da deferência.