O contexto histórico do surgimento da sociologia
O surgimento da sociologia se deu em partes como meio de interpretação para explicar a desordem na qual a sociedade se tornou através da crise provocada pela revolução industrial, a qual desencadeou novas condições de existência por ela criada, tais como, as mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridos no século XVI. Com a revolução industrial do século XVIII e o surgimento do proletariado aumentaram as pressões para maior participação política. O capitalismo e a modernidade dos meios de produção agrícola foram responsáveis pela migração de milhares de famílias do campo para a cidade, causando um crescimento de forma desordenada e acelerada no índice populacional urbano, que gerou uma série de consequências, tais como: doenças, aumento da criminalidade e desemprego. Essa revolução originou-se em meio a condições de trabalho demasiadamente abusivas, principalmente devido à exploração da jornada do trabalho até mesmo de mulheres e crianças. Motivos estes, suficientes para os trabalhadores lutarem pelos seus direitos, enfrentando grandes desafios para a melhoria das condições de trabalho, tanto na Europa como na América, e aos poucos foram conquistando novos direitos, os quais foram acrescidos à legislação social e do trabalho em vários países. Com base nessa conjuntura, o percurso das ciências sociais tem sido uma tentativa de comunicar-se com a civilização capitalista, em diferentes períodos, nos quais a imersão da sociologia no campo da ciência social faz parte conjunta dessa passagem de estado, marcando época a partir do século XIX; sendo que, após o término da revolução industrial, a sociologia expandiu-se como um campo delimitado do saber científico, assumindo um caráter decidido e moderno, confiado no progresso como uma tendência invencível. Pensadores como Karl Marx, Émile Durkhein e Max Weber contribuíram de forma abrangente, através de distintas conceituações, para o desenvolvimento dessas ciências