O Contexto da Educação Física na Escola
No Brasil a Educação Física foi introduzida oficialmente em 1851, porém foi só na década de 20 que vários estados incluíram a Ed. Física nas escolas publicas, e naquela época ela era conhecida como Ginastica.
A Educação Física na escola já sofria preconceito e baixo status desde o seu inicio, ela estava presente na lei, mas essa mesma lei demorou a ser cumprida.
No seu inicio a Ed. Física era calcada na perspectiva higienista, que tinha como principal preocupação os hábitos de higiene e saúde.
Pela necessidade de sistematizar a ginastica na escola, surgiram os métodos ginásticos. Os principais foram propostos pelo sueco PH Ling, pelo francês Amoros e pelo alemão Spiess.
No modelo militarista o objetivo era a formação de uma geração capaz de suportar o combate, para atuar na guerra, por isso, era importante selecionar os indivíduos “perfeitos” fisicamente e excluir os incapacitados.
Ambas as concepções, consideravam a Educação Física uma disciplina essencialmente pratica. Naquela época não era necessário dominar conhecimentos pra ensinar a Ed. Física e sim ser um ex- praticante.
Após as grandes guerras surgiu o modelo americano denominado escola-nova. O discurso predominante passa a ser: “A Educação Física é um meio da educação”. Esse movimento conhece o seu auge na década de 60 e é reprimido com o inicio da ditadura militar no nosso país.
O sucesso da Seleção Brasileira de Futebol em duas Copas do Mundo (1958 e 1962) levou a associação da Ed. Física com o esporte.
Os governos militares que assumiram o poder em março de 64 passaram a investir pesado no esporte, na tentativa de fazer da Educação Física um sustentáculo ideológico na medida em que ela participaria da promoção do país através do êxito em competições de auto nível.
É nessa fase da história que o rendimento, a seleção dos mais habilidosos, o fim justificando os meios estão mais presentes no contexto da Educação Física Escolar.
O modelo esportivista