O Consumo e a conservação de energia elétrica
Introdução
O consumo de energia elétrica no Brasil subiu 3,1% em junho sobre igual período do ano passado, informou nesta terça-feira a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No primeiro semestre, o avanço foi de 2,8%, crescimento atribuído pela EPE ao aumento do consumo das famílias e do segmento de comércio e serviços.
A dinâmica se repetiu no semestre, quando o consumo das famílias e do setor de serviços compensou a queda observada na indústria, levando o acumulado do ano a uma expansão de 2,8%. A EPE atribui o fenômeno ao aumento na base de famílias consumidoras de energia, com o acréscimo de quase 2 milhões de novas contas em um ano, e à maior posse e uso de eletrodomésticos pelos brasileiros.
O consumo das famílias aumentou 5,2% em junho e 6 por cento no acumulado de 2013. O consumo médio mensal por consumidor está em 161,3 kWh, um aumento de 2,2% em relação a junho do ano anterior, segundo a EPE. O segmento de comércio de serviços também entregou números positivos, com avanço de 5% em junho e 5,5% no semestre. No entanto, a EPE afirmou ser possível observar uma moderação no crescimento, acrescentando que a base de comparação com o ano passado é alta.
"A redução no ritmo de crescimento acentuou-se no segundo trimestre, quando a taxa de expansão do consumo ficou em 4,6%, a menor desde o quarto trimestre de 2010", disse a EPE. No mesmo período de 2012, o avanço no consumo de energia pela classe comercial e de serviços havia sido de 8,5%.
Embora tenha subido 1,1% em junho na comparação anual, o consumo de energia na indústria recuou 0,5% nos seis primeiros meses do ano, refletindo a queda na produção de segmentos eletrointensivos, com destaque para a metalurgia do alumínio.
Segundo a EPE, o consumo agregado das indústrias teria crescido mais que o dobro em junho, a uma taxa de 2,3%, se o nível de produção de alumínio do ano passado tivesse sido mantido. "O comportamento do