O consumo de crack e as políticas públicas
Wladimyr Mattos Albano
Bacharel em Química pela UFF – Especializado em Direito Público e Tributário pela UCAM – Membro associado do IBCCRIM.
Palavras-chave: consumo de “crack”; políticas públicas; prevenção; cura; epidemia.
A) Introdução
O “crack”, droga assim denominada por causa do som de estalos que produz ao queimar, é uma droga ilícita que, ao mesmo tempo em que movimenta quantidades exorbitantes de dinheiro (bilhões em dólares), vai destruindo a vida de seu próprio consumidor, levando a ruína social, financeira e física.
Perigo que se torna premente por esta afirmativa: vai arruinando seus próprios consumidores; porque, isto quer dizer que, ao colocarmos numa escala ilustrativa, o adicto em maconha, p.ex., perdura em seu vício, em média, por 20, 30 anos ou mais, sem que a maconha arruíne sua vida ou ele morra por causa dela, assim como o adicto em cigarros, fuma por 30, 40 anos ou mais, e tal vício, talvez não lhe leve a ruína em pouco tempo, mas com certeza sua capacidade física vai se deteriorando com maior rapidez do que naquelas situações consideradas normais (não fumantes), mesmo assim, leva um bom tempo para que o sujeito sinta realmente os efeitos malefícios do cigarro, por si próprio, também, vejamos o adicto em bebidas alcoólicas, sua ruína é mais rápida que a da maconha e a do cigarro, leva em média 10, 15 anos, para que sua vida se torne um pesadelo.
Mas, com o “crack” é muito pior, em menos de 1 ano de uso, o sujeito está arruinado, e persistindo sua utilização frequente, em dois anos, no máximo três, estará morto, aniquilado pela droga e seus efeitos devastadores.
Vejamos, a cocaína, derivada da planta Erythroxylum coca Lamarck, é obtida através de um processo que envolve várias etapas de extração, filtragem e precipitação, a partir da folha seca e triturada, assim:
1. Na primeira etapa a folha seca e triturada é lavada continuamente com um solvente químico