O consumidor emergente
O CONSUMIDOR EMERGENTE
GOIANIA – GO
2011
RESUMO
Este estudo refere-se ao entendimento de quais características do consumidor emergente devem ser consideradas no comércio eletrônico a fim de motivar a sua utilização por esta representativa parcela da população brasileira. Para tal foi realizada uma revisão da literatura abordando temas relacionados ao comércio eletrônico e ao comportamento do consumidor emergente, definido neste estudo como o consumidor com renda familiar entre 2 e 8 salários mínimos. Tais dados constituíram o alicerce para o desenvolvimento da pesquisa exploratória, qualitativa. Foram realizadas entrevistas com consumidores emergentes, usuários do canal online, bem como a análise de dois sites de empresas varejistas que atuam no comércio eletrônico brasileiro. As entrevistas demonstraram que várias características influenciam a decisão de utilização do canal online e a seleção da loja virtual da preferência deste consumidor, sugerindo que os respondentes priorizam a loja virtual que mais confiam no canal tradicional de vendas. Esta análise contribui para que empresas que atuam no comércio eletrônico possam apostar em estratégias diferenciadas que considerem os valores específicos dessa importante e crescente parcela do mercado consumidor brasileiro.
O ATAQUE DOS CONSUMIDORES EMERGENTES
As marcas dos produtos de consumo das empresas multinacionais mantiveram-se na liderança de seus mercados e na mente dos consumidores brasileiros durante décadas. Algumas marcas tornaram-se sinônimos de categorias de produtos, como Gillette, Band-Aid, Danone, Maizena e Omo. No entanto, na virada do Milênio, essa liderança passou a ser ameaçada. Não se tratava de uma batalha entre Coca e Pepsi. Os novos desafiantes eram pequenas e médias empresas nacionais, oferecendo produtos até pela metade do preço das grandes fabricantes. Eram os produtos chamados marcas-B ou marcas econômicas. No início de 2001,