O consultor organizacional em ação - uma metodologia de abordagem
Maria Arlinda Reis de M. Freitas[1]
É sabido que a eficácia de todo e qualquer trabalho depende em muito do planejamento que se empreendeu antes de executá-lo. É decerto mais fácil agir quando se tem um caminho previamente traçado, a partir do qual pode-se estabelecer as melhores linhas de atuação, prever as dificuldades e sucessos almejados, e as maneiras de se contornar possíveis dificuldades surgidas. Todavia, especialmente no caso da consultoria, todo planejamento deve servir de ajuda e não de interferência normativa, é preciso ter o cuidado de não “engessar” o processo. As surpresas no atendimento consultivo podem ser inúmeras!
Vamos, então, nos explicando melhor à medida que formos estabelecendo os passos para a realização deste serviço, levantados após consulta à literatura e levando em consideração nossa experiência pessoal.
Vale dizer a princípio que, no nosso entendimento, o planejamento em consultoria é não-convencional, não-estático, e sua principal função não consiste em alinhar, integrar e abençoar os planos de cada um dos atores envolvidos, porém, deve servir de base para questioná-los, sondá-los e desafiá-los durante todo o processo.
A organização demandante deve ser vista como um conjunto de processos, o tempo todo interagindo internamente e externamente com os diferentes cenários, em resposta a diferentes acontecimentos, sejam políticos, econômicos, competitivos, sociais, emocionais etc, o exercício da consultoria organizacional consiste em levar os atores do sistema-cliente a pensarem em como mudariam suas estratégias frente aos desafios impostos por todos estes cenários.
Vamos pensar em três situações que supostamente podem requer a ajuda de um consultor:
1. Surge uma dificuldade na organização difícil de ser entendida ou superada.
Neste caso, a comunicação será crucial. Deve haver escuta ativa, grande