O Concílio de Trento e a Arte Religiosa
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITTEURA E URBANISMO II
PATRICIA FIÓRIO SALOMÃO
O CONCÍLIO DE TRENTO E A ARTE RELIGIOSA
VITÓRIA
2010
PATRICIA FIÓRIO SALOMÃO
O CONCÍLIO DE TRENTO E A ARTE RELIGIOSA
Trabalho acadêmico do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado pela turma do 3° período à disciplina de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo II, sob orientação da professora Maristela Santos como avaliação.
VITÓRIA
2010
Sobre “O Concílio de Trento e a Arte Religiosa”, Antony Blunt relata que no século XVI a Itália passava por diversos desastres políticos, que afetaram diretamente o âmbito das artes.
O estilo artístico predominante na época era o maneirismo, sendo que suas várias formas diferem entre si sob muitos aspectos, mas comparadas à arte do Alto Renascimento, têm muito em comum umas com as outras, pois foram todas produzidas contra o pano de fundo comum da reação política e religiosa tornada possível pela aliança do papado com a Espanha depois de 1530.
O objetivo da política papal na segunda metade do século XVI não era fortalecer o Estado cujos alicerces haviam sido fundados pelos papas do Alto Renascimento, mas sim estabelecer até onde fosse possível o absolutismo eclesiástico na Itália; e, para chegar a esse objetivo, ela estava preparada para usar de todos os meios, pacíficos ou violentos. Em seus resultados finais, a ação mais funesta do papado nessa época foi provavelmente a introdução do sistema espanhol suicida de taxação, pois ele apressou o colapso econômico que deveria, de qualquer modo, tomar conta da Itália em breve. Mas, do ponto de vista mais genérico inicial, a Contra-Reforma se caracteriza essencialmente por ser uma tentativa de voltar à dominação eclesiástica que a Igreja manteve durante a Idade Média.
Nas artes, o efeito da