O concenso de washington
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A crise deflagrada pela alta do petróleo acenava para o esgotamento das políticas que combinavam liberalismo econômico e o Estado de Bem Estar Social (que, na Europa, significou a eleição de vários governos sociais-democratas), e com o esquecimento das lições do período entre-guerras e da Depressão. As teorias econômicas keynesianas, a aliança entre o livre mercado e os mecanismos de controle do Estado que havia sustentado os anos dourados do capitalismo no século XX, agora já não conseguiriam mais salvar as economias à beira de processos inflacionários, desemprego e queda de produção. Tratava-se portanto de buscar um novo modelo econômico, capaz de fazer frente a esse novo contexto mundial, uma variação do liberalismo econômico dos séculos XVIII e XIX. Esse neoliberalismo propunha valores que defendiam “ a menor intromissão do Estado na dinâmica de mercado, devendo o poder público se voltar para um conjunto limitado de tarefas, tais como a defesa nacional, a regulação jurídica da propriedade e a execução de algumas políticas sociais” (BARBOSA, 2006, p. 88). Quase que em oposição ao Estado do Bem Estar, se propõe o Estado Mínimo: mínima intervenção, mínimas barreiras ao livre-comércio, impostos mínimos, benefícios sociais mínimos. Sobreviverão os países que melhor souberem aproveitar as oportunidades do mercado e as empresas que mais rapidamente encontrarem vantagens competitivas. Sobreviverão os que forem mais capazes, numa clara alusão ao Darwinismo, aplicado à economia.
O neoliberalismo, segundo George Soros, "coloca o capital financeiro ao volante" da economia, retomando a clássica metáfora liberal de Adam Smith: a "mão invisível" conduzindo o capitalismo ao equilíbrio econômico, contando com políticas de controle inflacionário e do déficit público.
A crise do petróleo fez com que diversas economias capitalistas entrassem em decadência, em função do elevado