O Conc Lio De Nic Ia
Esse foi o primeiro concílio ecumênico (Universal), aconteceu no período de maio a agosto de 325. Foi convocado e presidido inicialmente pelo Imperador Constantino, que depois passou a presidência para seu conselheiro eclesiástico, Ósio de Córdova, auxiliado por dois presbíteros representantes do Papa Silvestre, e do bispo Alexandre de Alexandria. Estiveram presentes cerca de trezentos bispos do oriente e do ocidente, fora ainda algumas personalidades, como o jovem diácono Atanásio assessor do bispo Alexandre, destinado a se tornar o adversário por excelência do arianismo, causa principal da convocação do concílio.
Esse foi um concilio de muitas disputas, que se prolongaram pós-concílio.
A principal causa do concilio de Nicéia foi o pensamento subversivo de Àrio, sacerdote de Alexandria que defendia:
Como só pode haver um Deus, somente o Pai possuía a natureza divina e, assim, seu Filho, Cristo, devia ser-Lhe subordinado e, portanto, seria menos do que Deus, uma espécie de semideus. E, se assim é, não se pode afirmar que a redenção da humanidade foi realizada por Deus feito homem, mas simplesmente pela influencia e exemplo morais de um homem Divino (1969, PP.200-201).
Desta forma, o arianismo dizia que o Pai é o único ser realmente eterno, e que o Filho não existia antes de ser engendrado, em contraposição com Atanásio e os sínodos e os pequenos concílios ortodoxos, os quais sustentavam que o Filho é coeterno, igual e consubstancial ao Pai. O arianismo pretendia dar uma explicação racional do dogma cristão da Trindade, dizendo que Cristo é Filho por denominação e adoção e não por natureza, sendo assim a mais perfeita das criaturas.
Em contraposição, a Igreja redigiu um novo símbolo de fé em Nicéia, com a aprovação do Imperador, decidiram aceitar e modificar o Credo apresentado pelas comunidades da Palestina com seu líder, Eusébio do Cesáreia, lhe acrescentando a palavra homoóusion (consubstancial) referida a Cristo, ficando assim o