“O comércio inglês no Império brasileiro
“O objetivo deste trabalho consiste em apresentar os primeiros resultados da pesquisa sobre a organização e a forma de atuação da firma inglesa Carruthers & Co., na cidade do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX.” (p. 379)
“A historiografia tem destacado a associação da firma inglesa primeiramente com o negociante “de grosso trato” (atacadista) português e deputado da Real Junta de Comercio João Rodrigues Pereira de Almeida, futuro Barão de Ubá de Vassouras (RJ), um dos maiores contratadores e traficantes de escravos no período Joanino e de d. Pedro I, e, na década de 1840, com Manuel Pinto da Fonseca, um dos maiores traficantes nas costas ocidental e oriental africanas.” (p. 379) “Às concessões feitas à Inglaterra, primeiramente sob a forma de licenças. Revelam a força dessa potência, e ao mesmo tempo, põem em evidência a contradição básica do Império português: pequeno reino com vasto império. Contradição essa que o obrigou à alienação de parte de seu “exclusivo” colonial, em troca de proteção política e militar.” (p. 380)
“Consoante a representação, os ingleses já eram os maiores negociantes de grosso, em vez dos portugueses.” (p. 381)
A independência dos países latino-americanos ampliou seu mercado, abolindo as restrições coloniais. (p. 382 e 383)
“No início do século XIX, a América Latina não era, de fato, um paraíso comercial, oferecia, apenas, uma solução temporária para o problema imediato da limitação dos mercados europeus. O mercado na América Latina é desapontadoramente reduzido (...).” (p. 383)
“Historiadores vêm questionando uma visão generalista sobre as firmas comerciais inglesas, concordando com a visão de Platt, Charles Jones e Cain, ao analisar a organização e a forma de atuação das firmas inglesas até meados do século XIX, denominaram-nas empresas comerciais, ou seja, empresas comerciais descentralizadas e não subordinadas administrativa e financeiramente