O comércio ambulante nas ruas de belém
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SIMPÓSIO
NACIONAL
ESTADO
E
PODER:
INTELECTUAIS ________________________
8 a 11 de outubro de 2007 Universidade Estadual do Maranhão São Luís/MA
O COMÉRCIO AMBULANTE NAS RUAS DE BELÉM
Lucicleide Lima Monteiro
(graduanda pela UFPA)
Resumo: Amparados em leis municipais formuladas, principalmente, com o objetivo de direcionar as camadas mais pobres mediante uma lógica de padronização e higienização, a intendência municipal deu especial atenção ao comércio. Trabalhando com o sistema de concessões, a intendência municipal selecionava empresas para gerenciar as determinadas atividades de sua responsabilidade. Uma dessas se tornou responsável pela construção de veículos e quiosques utilizados para o comércio popular regulamentando a vida dos carroceiros. Esse trabalho busca perceber como se deu o processo de controle do comercio popular ambulante e como se deu a reação destes as ações da intendência.
Contexto histórico A partir da segunda metade do século XIX a cidade de Belém, enriquecida pelos incentivos da produção do látex, sofre uma série de mudanças em sua estrutura urbana como, por exemplo, a implantação do sistema de energia elétrica, a modernização de praças e bosques na área urbana, calçamento das vias urbanas, bem como as demais obras públicas que buscavam aproximar a cidade dos padrões europeus1. Tais mudanças na estrutura urbana, não estando desvinculadas de alguns costumes sociais, imprimiram ao mesmo tempo uma nova forma de reeducar a população. Daí perceber-se através dos discursos oficiais do
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SARGES, Maria de Nazaré. Belém: riquezas produzindo a Belle-Époque (1870-1912). Belém: Paka-tatu, 2002. pág. 135.
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8 a 11 de outubro de 2007 Universidade Estadual do Maranhão São Luís/MA
intendente Antônio Lemos, sua preocupação com a urbanidade e a cultura popular, para ele, inerente ao processo de