O comportamento do consumidor na política
Autoria: Stefânia Ordovás de Almeida, Alam de Oliveira Casartelli, Marcelo Gattermann Perin, Cláudio Hoffmann Sampaio
A aplicação do marketing político tem sido um tanto negligenciada seja na literatura de marketing, seja na literatura de Ciência Política, mesmo que a maioria dos partidos políticos dos países desenvolvidos esteja abraçando os conceitos e processos de marketing. Esta distância entre o esforço acadêmico e a aplicação pragmática pode ser explicada pelo fato de que os métodos de marketing empregados em campanhas políticas são diferentes daqueles usados no marketing comercial, embora a teoria fundamental permaneça inalterada. Frente a esta realidade e visando um aprofundamento acadêmico do marketing político no contexto brasileiro, este artigo apresenta os detalhes de um estudo que propôs e testou um modelo conceitual para categorizar as variáveis que levam à decisão de voto do eleitor brasileiro. O modelo teórico foi baseado em contribuições prévias na área, em especial o estudo do professor Robert Westbrook, conduzido nos Estados Unidos em 1992 por ocasião da eleição presidencial. Os resultados encontrados trazem relevantes implicações acadêmicas e gerenciais, contribuindo para a ampliação dos trabalhos que abordam esses temas como modelos integrados. 1 Introdução
A aplicação do Marketing Político tem sido um tanto negligenciada seja na literatura de marketing, seja na literatura de Ciência Política (BUTLER; COLLINS, 1994), mesmo que a maioria dos partidos políticos dos países desenvolvidos esteja abraçando os conceitos e processos de marketing (BAINES; HARRIS; LEWIS, 2002). Contudo, para O’Shaughnessy (2001), o marketing político pode ser visto como atuante em diversos níveis, podendo ser descritivo e prescritivo, no sentido de que as análises do marketing político oferecem uma estrutura de conceitos, mesmo que