O Clima no Brasil
A mudança climática é um fato consumado, resultado do processo de acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera em curso mais acelerado a partir da revolução industrial, desde o final do século XVIII. Por isso, governos e sociedade civil têm como desafio tentar atenuar e controlar os efeitos do aquecimento do planeta e adaptar suas vidas e sistemas de produção a esta nova realidade que tem na ação humana a principal causa do aumento da temperatura global.
Os 13 anos mais quentes na história da Terra se concentraram nos últimos 15 anos, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU. No Brasil, a temperatura aumentou 0,7 °C nos últimos cinquenta anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse acréscimo é capaz de provocar mudanças na dinâmica das marés e no nível dos oceanos, nos regimes de chuva e na frequência de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e acima da média e períodos de grandes secas.
Até o final deste século, se nada for feito, a temperatura do planeta pode aumentar até 6 °C, segundo relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2011. Estabilizar essa elevação da temperatura do planeta em no máximo 2 °C é a meta para que as mudanças climáticas não fujam do controle.
As consequências em cada região do Brasil:
Norte: Impactos na biodiversidade, risco da floresta ser substituída por outro tipo de vegetação. Baixos níveis dos rios amazônicos podendo afetar o transporte. Risco de incêndios florestais devido ao ar mais seco e quente. Impactos o transporte de umidade atmosférica para as regiões Sul e Sudeste, com consequências para a agricultura e geração de energia hidroelétrica.
Nordeste: Aumento das secas, especialmente no semiárido. Impactos na agricultura de subsistência e na saúde. Perda da biodiversidade da caatinga. Risco de desertificação. Migração para outras regiões pode aumentar. Chuvas intensas podem aumentar os riscos de