O cinema na obra de Marc Ferro
Texto: O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro
Autor: Eduardo Morettin
O texto começa falando brevemente sobre pesquisadores que se preocuparam com a relação entre cinema e história, dando um foco ao chamado “novo objeto”, que foi o nome dado ao cinema quando foi incorporado à História Nova. O autor explica que se dedicará á análise da obra de Marc Ferro, uma vez que se trata de uma leitura obrigatória para quem se interessa por essa linha de pesquisa, e também levantará e sistematizará alguns dos problemas que se apresentam em seu conjunto de obras, o que é muito importante pois esse levantamento não ainda existe em língua portuguesa. Morettin, nos mostra como o texto será dividido, primeiramente se preocupando em abordar algumas das noções que permeiam a reflexão de Ferro sobre o assunto e também a apreciação do projeto de elaboração de uma nova ciência. Em um segundo momento discutirá as considerações feitas sobre o estatuto documental do cinema feito pelo autor estudado. E por fim, se dedica a estudar como o conjunto teórico é utilizado no caso da análise de casos concretos, tendo como base, os filmes produzidos durante a República de Weimar.
1- Uma contra-análise da sociedade?
Neste momento é iniciada uma análise do artigo “O filme: uma contraanálise da sociedade?”, que de acordo com o estudo que o autor desenvolve acerca da obra de Ferro é de extrema importância, pois nos dá uma visão mais clara de como o cinema é um testemunho singular, e contemporâneo de Marc Ferro; pois ele (o cinema) não está ao alcance das instâncias de produção como o Estado e mesmo a censura, e portanto não pode ser controlado por eles, além disso é portador de uma tensão que lhe é própria, capaz de trazer à baila elementos que nos dá o poder de realizar análises por diferentes vertentes.
O cinema tem a capacidade de destruir as duplas imagens que constituímos perante a sociedade, seja no âmbito individual ou