O cinema como ferramenta no ensino da argumentação
Luiza Liene Bressan[1] Marioly Oze Mendes2
INTRODUÇÃO O presente artigo objetiva estudar a importância da utilização do cinema em sala de aula como uma das possíveis ferramentas para desenvolver a capacidade de argumentação dos acadêmicos ingressantes no curso de Direito. Conforme comenta Araújo (2007, s.p.) O debate em torno das questões educacionais tem gerado muitas controvérsias. Não se pode negar, por exemplo, a ampliação, nas últimas décadas, das oportunidades educacionais. No âmbito específico das práticas escolares, o próprio sentido do que seja "educação" amplia-se em direção ao entendimento de que os aprendizados sobre modos de existência, sobre modos de comportar-se, sobre modos de constituir a si mesmo para os diferentes grupos sociais, particularmente para as populações mais jovens se fazem com a contribuição inegável dos meios de comunicação.
Assim, conforme Napolitano (2011) apesar de centenário, o cinema é considerado uma nova linguagem e, como tal, é uma ferramenta de ensino atual, pois sua aplicação em contextos educacionais iniciou-se tardiamente. Dessa forma, apesar de ter mais de um século de existência, o cinema chegou aos centros de educação na década de 80 e poucos eram os professores que ousavam utilizá-lo como uma ferramenta de ensino. O avanço tecnológico fez com que o professor incorporasse aos seus fazeres a inserção de novas metodologias que viabilizassem um diálogo mais estimulante com a atual geração. Para Duarte (2006, p.17)
“ver filmes é uma prática social tão importante, do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto à leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais.” Dentro do contexto da utilização do cinema como veículo, ferramenta de ensinar temos a oportunidade de enfocar aspectos históricos, literários e