o ciclo do lixo eletronico
Nos últimos anos, cada vez mais pessoas têm se ocupado de questões relacionadas ao que este blog chama de lixo eletrônico. Quem acompanha o blog já conseguiu perceber que a situação é realmente crítica: com a aceleração da produção e do consumo de eletrônicos, o volume desse tipo de descarte cresce exponencialmente, deixando o planeta sem espaço para armazenamento e ainda menos capacidade de reciclagem. A julgar pela maneira como as coisas são hoje, as alternativas para resolver esse tipo de problema são insuficientes. Precisamos mudar.
Uma visão ampla sobre o assunto ajuda a identificar uma série de elementos que podem ser ajustados para chegar a uma situação mais próxima da sustentabilidade, e que vão muito além do mero gerenciamento de descartes. Este post é o primeiro de uma série que pretende juntar algumas idéias que eu e outras pessoas fomos aprendendo e desenvolvendo ao longo da evolução da rede MetaReciclagem nos últimos anos, para colaborar com o debate público e ir além do diagnóstico, propondo algumas ações. De maneira alguma pretendo esgotar o tema: quem tiver outras idéias, sinta-se à vontade para enviar comentários, ou usar o formulário de contato para mandar idéias, textos e qualquer outra colaboração. Com certeza, muito do que vou escrever não é novidade. Quem quiser, mande também sugestões de referência, bibliografia e outros recursos. O que nos interessa é o diálogo.
Pessoalmente, eu acho que muitas vezes falta uma visão sistêmica: pesquisadores de diferentes áreas ficam tentando resolver problemas específicos de maneira isolada, sem pensar nas outras etapas do ciclo. Para facilitar, e inspirado pelo vídeo A História das Coisas, de Annie Leonard, quero propor uma tentativa de mapear o ciclo completo dos eletrônicos e indicar ações específicas nas diferentes partes. Esse mapeamento vai incorrer em algum idealismo, dar uma importância desproporcional para ações críticas que por enquanto são