O chapeleiro maluco, doença pelo mercurio
TSTN5
Ana Caroline de Oliveira
Gabriel Monteiro de Barros
Análise Critica
O “chapeleiro louco” ou "chapeleiro maluco" abordado no livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carol, já apontava para os riscos da exposição ocupacional ao mercúrio metálico, fazendo uma associação entre a intoxicação ocupacional pelo mercúrio utilizado no processo de fabricação de chapéus. “Mad as a hatter” (louco como um chapeleiro) é uma expressão popular da língua inglesa. O termo utilizado para as alterações psiquiátricas da intoxicação pelo mercúrio metálico, também conhecido como “doença do chapeleiro”.
O Chapeleiro maluco sempre será associado ao personagem de Lewis Carrol em Alice no País dos Maravilhas. Poucos sabem, que a origem do personagem vem da expressão inglesa “mad as a hatter” ( louco como um chapeleiro). Esta origem se relaciona a uma doença comum naqueles que trabalhavam na manufatura de chapéus no século XVII. Uma solução de mercúrio (Hg), um metal extremamente tóxico, era usado no processo de feltração dos chapéus. Os chapeleiros inalavam os fumos de mercúrio (o que era facilitado pelos ambientes com pouca ventilação em que trabalhavam.Os distúrbios psíquicos e neurocomportamentais manifestam-se por irritabilidade, timidez, desânimo, perda da autoconfiança, medo, melancolia, ansiedade, insônia, perda da auto-estima, dificuldade na concentração, embotamento intelectual, mudanças de personalidade e, em casos mais avançados, perda da memória, delírios e alucinações. A intoxicação ocupacional pelo mercúrio inorgânico é passível de ocorrer nas indústrias de chapéu e acarretar a clássica “Síndrome do Chapeleiro Maluco”. A exposição crônica ao vapor de mercúrio metálico compromete caracteristicamente o sistema nervoso, inicialmente com sintomatologia inespecífica e, posteriormente, com distúrbios característicos da motricidade, muitas doenças causadas por esse metal podem ser