o caso dos exploradores de cavernas
1105 palavras
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O livro O Caso dos Exploradores de Cavernas trata do clássico embate entre direito natural e positivismo jurídico, retratando também as diferentes formas que as leis podem ser interpretadas causando discordâncias. O autor, Lon L. Fuller, professor de “Jurisprudence” da Harvard Law School, tratou desses pontos com a história de quatro membros da Sociedade Espeleológica - organização amadorística de exploração de cavernas, que junto com outro associado, Roger Whetmore, adentraram em uma caverna, cuja entrada desmoronou, causando assim o bloqueamento da única saída. Equipes de resgate foram mobilizadas para remover o obstáculo e assim libertá-los, porém a tarefa revelou-se extremamente difícil, e só conseguiram sair da caverna no trigésimo segundo dia. Em meio a este trabalho de desobstrução, dez funcionários morreram em um deslizamento. Sabendo que os exploradores levaram escassas provisões e que não havia no interior da caverna qualquer substância animal ou vegetal, temeram que morressem de inanição. No vigésimo dia descobriram que os exploradores haviam levado um rádio transistorizado capaz de enviar e receber mensagens. Estabeleceram contatos com os homens no interior da caverna, estes perguntaram quanto tempo levaria para serem libertados. A resposta foi dez dias. Os exploradores descreveram aos médicos suas condições físicas e a quantidade de alimento que restava, perguntando se daria para sobreviver por dez dias com aquilo. A resposta fora de que era ela muito reduzida. O contato foi interrompido por oito horas. Quando reestabelecida, Roger Whetmore falando por todo o grupo perguntou se teriam possibilidade de viver se comessem carne de um dos confinados. A resposta foi afirmativa mesmo a contragosto. Perguntou também se seria aconselhável que tirassem a sorte para saberem qual deles seria sacrificado, todos os médicos recusaram-se a responder. Whetmore perguntou em seguida se no acampamento havia algum juiz o qual poderia responder a essa