O Caso dos Exploradores de Caverna

O autor Lon Luvois Fuller (1902 – 1978), foi um jurista que estudou Economia e Direito em Stanford e foi professo de Teoria do Direito em faculdades. Fuller ganhou sua fama graças ao seu trabalho intitulado “O Caso dos Exploradores de Cavernas”. Um trabalho que foi publicado a primeira vez no ano de 1949, lido e comentado em vários países por professores, palestrantes e estudantes de Direito, sido ele traduzido em vários idiomas. A história se inicia em maio, de 4299. Com cinco membros da Sociedade Espeleológica (uma organização amadora de exploração de cavernas), que entram em uma caverna de rocha calcária e quando estavam bem distante da entrada da caverna, aconteceu um desmoronamento da terras e bloqueou com pedras a saída da caverna e como os exploradores não voltaram para casa no prazo previsto, seus familiares avisaram a Sociedade Espeleológica, que rapidamente encaminhou uma equipe para a retirada dos homens do local. O trabalho de resgate foi difícil e extenso, ocorreram novos desmoronamentos e mais dez operários faleceram na tentativa de retirar os exploradores. A libertação da caverna só foi possível no trigésimo dia, contado a partir do início dos trabalhos de resgate. No vigésimo dia de resgate, um dos exploradores entrou em contato com o acampamento utilizando um rádio transmissor que levava consigo, e quando o contato foi estabelecido, os exploradores questionaram quantos dias ainda levaria para serem resgatados e a resposta de que demoraria ainda no mínimo dez dias, fez nascer duas perguntas cruciais. A primeira era se seria possível sobreviver mais dez dias sem alimento e se eles poderiam sobreviver comendo carne humana. A primeira questão foi descartada, eles não sobreviveriam mais dez dias sem alimento, porém a segunda foi vista como uma solução, eles teriam grande chances de sobreviver com carne humana. Após a resposta dada pela equipe de resgate, a comunicação foi interrompida e os exploradores