O caso dos exploradores de caverna
Cinco membros da Sociedade Espeleológica (organização amadorística de exploração de cavernas) penetraram no interior de uma caverna de rocha calcária, ocasião em que houve desmoronamento da terra, que bloqueou, completamente, a única saída da caverna. No salvamento, 10 operários morreram soterrados. Os exploradores decidiram sacrificar um dos cinco, para que a sobrevivência os outros quatro fosse garantida. Roger Whetmore propôs um sorteio para a escolha daquele que seria sacrificado. Antes do início do jogo, Whetmore desistiu de participar e sugeriu que esperassem mais uma semana. Seus companheiros o acusaram de violação do “acordo” e procederam ao lançamento dos dados. Quando chegou a vez de Whetmore, um dos acusados atirou os dados em seu lugar, com o consentimento daquele. Realizou-se o sorteio e Whetmore acabou sendo o escolhido. Foi morto e sua carne serviu de alimento para seus companheiros que sobreviveram e foram salvos no 3Oº dia depois do início do resgate.
Após o resgate, os sobreviventes foram julgados, em primeira instância, condenados à pena de morte. Em segunda instância foram analisados por quatro juízes: Foster, Tatting, Keen e Handy.
Foster, J.
Foster propõe a absolvição dos réus alegando que quando Whetemore foi morto, eles não se encontravam em um estado de sociedade civil, mas em um estado natural e por isso a lei não poderia ser aplicada. Fundamenta-se também seu voto no fato de que os acusados fizeram um acordo que serviria de lei dentro da caverna, aceito pela vítima. Outro fundamento apresentado por Foster foi o de que a interpretação do dispositivo legal que se fundamentou para a condenação, nunca havia sido aplicado literalmente, trazendo como argumento a legítima defesa.
Tatting, J.
Tatting critica os fundamentos de Foster, porém, se mostra confuso e emocional na decisão, recusando-se a participar da decisão.
Questionado posteriormente se queria rever a sua opinião, reafirmou que não queria