O Caso dos Exploradores de Caverna
A obra “O Caso dos Exploradores de Caverna”, escrita em 1949, pelo professor da Harvard Law School, Lon L Fuller, é fonte de profundas discussões em vários cursos de direito no mundo, por abordar assuntos pertinentes a esta área de atuação, visando introduzir, principalmente aos iniciantes acadêmicos, as diferentes nuances da interpretação da lei, do ponto de vista das filosofias jurídicas, do Direito Natural (Jusnaturalismo), do Direito Positivista (Juspositivismo) da jurisprudência e até mesmo do ponto de vista do senso comum.
O livro caracteriza-se por ser uma ficção que se desenrola no ano de 4299, no condado de Stowfield, apresentando como personagens cinco membros amadores da sociedade espeleológica que ficaram presos durante 32 dias dentro de uma caverna após um desmoronamento que bloqueou completamente o único acesso de saída. Durante este período, o autor criou um enredo envolvente abordando, através das vítimas, uma situação extrema de luta pela sobrevivência, ressaltando sentimentos de medo, insegurança, resolutividade e instinto de preservação.
Durante o período em que estavam presos, equipes de resgate foram enviadas ao local, porém somente no vigésimo dia os exploradores descobriram um rádio que permitiu contato com o resgate. Foram notificados que ainda ficariam confinados, pelo menos uns dez dias e que não havia chances de sobreviver com os mantimentos que dispunham. Então, Whetmore, um dos exploradores, sugeriu a medida extrema de sacrificar um dos confinados, por sorteio e cometer antropofagia para sobrevivência dos demais.
Somente após o resgate é que se desenvolve o impasse central da obra: a morte de um dos confinados. Através dos depoimentos dos quatro sobreviventes, são narrados os acontecimentos, nestes, dois fatos foram pertinentes: a desistência Whetmore do sorteio e a desconsideração da recusa pelos demais companheiros. O sorteio foi realizado e o resultado foi contrário a