O caso dos exloradores de caverna
O livro O Caso dos Exploradores de Cavernas nos retrata o julgamento de quatro homens que ao ficarem presos em uma caverna que exploravam, para a sobrevivência dos mesmos, tiveram que assassinar um homem para servir de alimento aos outros.
Sendo a pena da forca para assassinato no estado onde viviam, resta agora julgar tal caso. Condenação ou absolvição?
Embora me simpatize com a idéia de que, nesse caso específico, os exploradores possivelmente não estavam em seu estado civíl e sim em seu estado natural, fazendo com que a decisão de assassinar um dos companheiros fosse compreensível e até de certa forma aceitável, acredito que nada justifica o homicídio de um homem em prol da sobrevivência dos demais. Sabemos que, ainda por cima, uma dessas mesmas leis naturais seja o direito a vida, lei que nesta ocasião foi violada.
Depois de mais de vinte dias sem comunicação, foi estabelecido contato e como não teve nenhum pronunciamento nem dos médicos e nem dos juízes diante da ideia do líder em um deles servirem de alimento para a sobrevivência do demais, resolveram então fazer o que tinham acordado, o jogo de dados. Quando finalmente foram jogar os dados, o líder voltou atrás e achou melhor esperar mais uma semana, nos fazendo pensar que ainda era possível a sobrevivência por mais algum tempo, ou até mesmo que um deles pudesse morrer naturalmente, não tendo a necessidade de ter ocorrido o homicídio.
Também podemos notar que segundo o relato dos acusados, não foi especificado como aconteceu o assassinato, só que, pela pressão exercida pelos demais, a vítima acabou aceitando e sendo exatamente o que teve má sorte, tornado questionável que, o único que voltou atrás, tenha sido justamente o que teria sido morto, nos levando a pensar que possa ter acontecido até mesmo coação para a realização de tal ato.
Volto a repetir que, ainda que de certa forma seja compreensível o que aconteceu, nada justifica tal ato repugnante.
É pelos