O caso dos denunciantes invejosos
Na opinião do professor Wendelin, este caso se assemelha ao momento em que aos professores das faculdades medievais, debatiam com paixão, através de retórica e trato com argumentos, afim de convencer quem estava presente. Ele discorda com Goldenage, ao apoiar a idéia de autores contemporâneos, que acreditavam na existência do justo e injusto e do poder do jurista medieval. Estes juristas achavam serem donos do saber, protegeriam as vítimas, punindo os injustos. Mas o professor Goldenage esquece de mencionar que esses sábios juristas, foram indiciados por casos brutais contra o povo, em nome de reis e latifundiários.
Para Wendelin, o iluminismo veio tirar essa impressão do jurista como sendo o legislador correto e defender a idéia do jurista escolhido pelo povo. Com as guerras e ditaduras do século XX, percebe-se essa ilusão em relação a justiça e verdade. Não há como diferenciar o verdadeiro do falso, tudo depende da interpretação, levando em consideração os interesses dos poderosos, influência social que a pessoa exerce ou ao acaso. Ele acredita na mutável comunicação humana e como ela é incerta.
O catedrático defende que os tribunais devem tomar decisões no intuito de resolver os conflitos com firmeza e agilidade para apaziguar o grupo social. Os juízes e somente eles, possuem o poder de decisão, mesma ela sendo julgada errada ou não, é válida, inclusive no caso dos Denunciantes Invejosos. Só o jurista possui o poder de decidir se aquele que denunciou, o fez por ser um criminoso ou é um cidadão que seguia as leis.
Ele considera que a melhor solução para os Denunciantes Invejosos é deixá-los impunes. O governo dos Camisas-Púrpuras foi eleito pelo voto do povo, por acreditar nele, por medo, interesse. A sociedade aceitou os ditadores no poder. No momento, eles são tratados como criminosos e estão presos aguardando julgamento, mas na época, seguiam as orientações da lei vigente e eram consideradas legítimas. Castigá-los trariam atos de