O Caso dos Denunciantes Invejosos

O país fictício retratado no livro vivia sob um regime pacífico, constitucional e democrático. Porém, após uma profunda crise econômica, que por sua vez levou a desentendimentos econômicos, políticos e religiosos por parte de diferentes grupos, o país foi "salvo" pelo chefe de um partido político ou sociedade chamado "Camisas-Púrpuras".

Eventualmente, por meio de uma campanha com promessas falsas e falsificações, além de intimidação física aos eleitores que se opunham ao partido, o Chefe dos Camisas-Púrpuras foi eleito Presidente da República e a maioria das vagas na Assembléia Nacional foram ocupadas por membros de seu partido.

Embora não tivessem revogado ou reformado a Constituição, o Código Civil, o Código Penal e os códigos processuais, assim como não demitiram funcionários públicos ou afastaram juízes de seus cargos, o país vivia sob uma ditadura de terror, em que juízes que contrariassem os desejos do governo eram agredidos e assassinados e interpretava-se o Código Penal de forma que fosse possível o encarceramento dos adversários do partido. Criaram leis que atendessem a seus interesses, mesmo que desrespeitassem ou contradissessem as leis vigentes á época. Havia regulamentos secretos, assim como leis que criminalizavam comportamentos outrora legais.

Além disso, as leis, ambas novas e antigas e obrigações impostas pela Constituição não eram respeitadas pelo governo, e eventualmente todos os partidos da oposição foram desmantelados e os opositores políticos, assassinados.

Atualmente, os Camisas-Púrpuras foram derrotados e o governo democrático e constitucional foi re-estabelecido, mas o período trouxe consequências e problemas, como o caso dos Denunciantes Invejosos, que consistiam em pessoas que denunciavam atividades de seus inimigos que eram consideradas crimes, ao partido ou a autoridades governamentais por inveja ou motivos pessoais, sabendo que estes receberiam a pena de morte.

Após a derrota do partido dos Camisas-Púrpuras e a