O Capote - Segundo a Psicologia Jurídica

Nesta análise feita pelo ponto de vista psicológico, a construção se inicia logo no nascimento do personagem em foco, Acaqui Acaquievich, que não teve a devida atenção pelos familiares, inclusive da mãe, mostrando logo ali nos seus primeiros momentos de vida de que ele não pertencia a um determinado lugar, exemplo claro disso é o descaso que a família faz ao ter que nomeá-lo e sabe-se que pelo âmbito psicológico e também no jurídico o nome é importante por identificar o indivíduo e a família da qual pertence, e numa sociedade patriarcal que é o caso, identifica o pertencimento ao pai, do qual cujo tem o nome que é dado a Acaqui, pois como o próprio texto descreve "O pai chamava-se Acaqui, e o nome do filho será, portanto, Acaqui." Complementando essa linha de pensamento, há relações com o Superego, já que na lei psíquica é identificado como a lei paterna no inconsciente que controla através da castração.
A fala, a linguagem é importante para a formação psíquica do ser humano, para a construção da consciência, do seu eu, ou seja, é exatamente o que diferencia o homem dos animais, porém Acaqui não tem uma dicção de oratória desenvolvida, justamente pelo fato dele não se envolver com outros seres humanos, além da exclusão social ele próprio se excluía e não tinha uma segurança sólida, inclusive recalcava seus possíveis desejos e certas insatisfações, durante a história há momentos em que são citados sua dificuldade em se comunicar e em ênfase mostra no texto que ele murmurava com voz infantil, significando, portanto, que não havia desenvolvimento na sua fala, mas quando presente na alfaiataria descobre o valor que seria cobrado pelo seu capote novo ele se exalta por achar exorbitante aquele preço, e geralmente Acaqui, um homem que se conserva em silêncio, tem o primeiro grito desde o seu nascimento, entende-se que o id, sua inconsciência, se manifestou.
Através da personalidade de Acaqui, em momentos no texto é possível perceber que de certa forma, o mesmo sofre de