O capital humano
Fichamento 8 – O capital humano – Schultz
Cap. 1- Uma abordagem de investimento para a modernização de uma economia
A abundância de bens e de serviços, assim como uma maior quantidade de tempo utilizável para o lazer, é um fato amplamente sabido. Mas o que não se conhece são os custos e os rendimentos relativos às capacidades e às técnicas que são responsáveis pela abundância de uma economia moderna. O crescimento econômico tem estado ausente da agenda dos economistas; tem havido uma intensiva pesquisa relativamente aos fatores “ausentes” da produção que possuem explicar os inexplicados elementos residuais inerentes ao crescimento moderno. A procura de uma explicação das mudanças observadas da produtividade é um método fecundo, embora os custos e os rendimentos em função dos componentes da qualidade não sejam computados.
É necessário para um determinado país que seja este, bem dotado de recursos naturais, se tiver de desenvolver uma economia nos moldes modernos. Não é necessário que um determinado país tenha território amplo para que seja modernizado. Durante as décadas recentes, a fonte da abundância moderna é a industrialização.
A classificação tripartida dos fatores da produção- terra, trabalho e capital- que adveio da economia clássica ainda prevalece, a despeito de suas limitações ao analisar o crescimento econômico moderno. A suposição dos rendimentos decrescentes de trabalho e de capital aplicada à terra, independentemente dos desenvolvimentos seculares, não foi abandonada, embora seja verdade que a maior parte dos modelos de crescimento está, no presente, deixado de lado a terra e concentra-se no trabalho e no capital. Mas o trabalho, como fator de produção, é geralmente tratado como “desembaraço do capital”, em que pesem as mudanças continuadas nas composições das capacidades e das habilidades da força de trabalho; e o capital é restringido, em regra, às formas físicas e usualmente tratado na