O budismo como filosofia de vida
Trabalho de Introdução ao Pensamento Teológico
Douglas de Souza Miranda – CN1
Questão 1
Existe atualmente uma necessidade infindável de se procurar uma felicidade utópica, baseada apenas no conceito de busca da "pseudofelicidade completa" onde não existe espaço para conflitos e frustrações. Esse sentimento inalcançável torna surreal a obtenção da tão sonhada felicidade plena e torna a frustração uma constante na vida do ser humano, afundando-o num ciclo vicioso, uma "corrida de esteira" atrás de lugar algum.
O Budismo nos mostra, através de suas quatro verdades, que felicidade não é algo que se busca, mas algo que se vive no dia-a-dia, convivendo com as debilidades e fazendo delas um meio evolutivo, um modo de se chegar a um nível de autoconhecimento que nos mantém estáveis diante das adversidades e, por isso, podendo sentí-las de uma maneira produtiva.
As quatro verdades do budismo são as maneiras de se obter esse autoconhecimento. Seguem a seguir:
- O sofrimento existe para todos:
"Toda dor vem do desejo de não sentirmos dor" - Suzuki; mestre budista.
A primeira verdade nos coloca a necessidade de vivermos conscientes de que todos os seres humanos trazem em si a possibilidade da dor, estar diante da dor é a oportunidade para adaptá-la e não de fugirmos e escondermos atrás de "portos seguros" que nos impedem de entender que existe ali a chance de ultrapassá-la, escraviza-nos ao invés de nos ajudar a superá-la. A consciência dessa verdade nos coloca diante da segunda verdade:
- Descobrir as raízes do sofrimento, as causas da dor:
Encontra-se na adversidade o momento perfeito para se enxergar com convicção o que a causa. Se se encontrar com alguém, ou falar de algo é o que leva para um lugar de sofrimento, faz-se necessário entender os motivos internos que essas pessoas, ou fatos, representam e porque é tão sofrível suas