O brinquedo sucata e a criança
O subtítulo: A importância do brincar / Atividades e materiais, são formado por dois períodos, um indica o período de caráter teórico, compreende quatro capítulos e a segunda, o mais prático, compreende outros três. Ao organizá-los, a autora utilizou numeração contínua em relação às duas partes.
Em O brincar como experiência cultural, primeiro capítulo, a autora busca em Johan Huizinga, Janine Lèvy e Bruno Bettelhein algumas referências para desenvolver a ideia de que o brincar é a nossa primeira forma de cultura, constituindo uma linguagem através da qual a criança realiza sua aprendizagem social. A primeira parceira de seus jogos e brincadeiras geralmente é a mãe, e cada gesto, palavra ou movimento são importantes na sequência de descobertas e possibilidades que se instauram a partir do nascimento. Além do papel da mãe, Machado enfatiza o da família, a qual deve proporcionar à criança que chega um ambiente sadio, possibilitar descobertas e crescimento, tornando possíveis suas experiências. A atitude mais coerente no acompanhamento do crescimento da criança é, para a autora, aquela que une liberdade e proteção, pois assim o bebê vai adquirindo confiança no ambiente e nele mesmo.
O segundo capítulo, O brincar criativo, é baseado no Winnicott. A autora traz à tona os temas “objeto transacional” e “espaço potencial” e os articula com a prática de pais e professores. Ela comenta no capítulo a capacidade de a criança, desde muito cedo fazer uso de símbolos, a qual vai possibilitar, dentre outras habilidades, o fazer artístico. É dessa capacidade de simbolizar que a criança faz uso ao transformar os objetos que a cercam em brinquedos e os brinquedos fabricados em outros