O brincar como recurso terapêutico no tratamento de crianças com transtorno do déficit de atenção/ hiperatividade (tda/h)
PATRÍCIA FREITAS LIMA
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como proposta analisar o uso da brinquedoteca como recurso terapêutico no tratamento de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDA/H). Para tanto, abordei aspectos epidemiológicos, clínicos e tratamentos possíveis do TDA/H, e, aspectos referentes ao brincar e à brinquedoteca, verificando assim, como esta pode ser útil ao tratamento.
2. TDA/H: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E POSSÍVEIS TRATAMENTOS.
É natural que as crianças procurem várias atividades para ocupar seu dia. Assistir televisão, jogar bola, correr na rua, subir nos muros, brincar com seus amigos, desenhar, montar pintar, inventar... Porém, existem certas atitudes que exigem uma atenção especial por parte dos pais e professores, para diferenciar o que é característica infantil de algo patológico.Tal criança pode ser portadora do TDA/H.
O TDA/H é um dos transtornos mentais mais freqüentes nas crianças em idade escolar, atingindo “de 3% a 5% da faixa etária entre 6 e 13 anos” (COLAVITTI, 2000). Apesar disto, o TDAH continua sendo um dos transtornos menos conhecidos por profissionais da área da educação e mesmo entre os profissionais de saúde. Há ainda muita desinformação sobre esse problema.
Até o fim da década de 80, falava-se somente em hiperatividade, uma das manifestações mais conhecidas, caracterizada pelo alvoroço permanente. Mais recentemente, o distúrbio passou a ser tratado de maneira ampla, incluindo sintomas de impulsividade (como a impaciência) e a desatenção (esquecimento ou dispersão, por exemplo). Portanto, o aumento da atividade motora nem sempre está presente como sintoma principal do transtorno.
Existem casos de crianças exclusivamente desatentas, desconcentradas, aquelas que vivem no mundo da lua, perdidas nos seus próprios pensamentos, e que não são muito inquietas.