O brasil e o comercio exterior
Em 1500 houve a primeira operação de comercio exterior no Brasil, quando marinheiros da frota de Cabral trocaram espelhos por macacos e plantas com os índios Tupiniquins. Em 1534 criou-se uma rede de Alfândegas ao longo do litoral brasileiro. O comercio com outras nações era livre, desde que pagos os tributos a Fazenda Real.
Mas em 1605, o rei espanhol Felipe II, estava em guerra com a maior parte dos países europeus, proibindo então que mercadorias transportadas por navios estrangeiros fossem comercializadas diretamente com o Brasil. Toda mercadoria de importação ou exportação deveria passar obrigatoriamente pelos portos portugueses. Por isso nos dois séculos seguintes, o Brasil somente importava de empresas portuguesas e vendia seus produtos de exportação por intermédio do comercio lisboeta.
Aproveitando-se da presença da corte na Bahia em 1808, Guedes de Brito e o baiano José da Silva Lisboa, dirigiram-se ao Príncipe Regente D. João para convence-lo da abertura imediata das alfândegas brasileiras ao comercio internacional.
A 28 de janeiro de 1808, em Carta Régia, dirigida ao Conde da Ponte, foi determinado que a partir de então as alfândegas do Brasil poderiam admitir mercadorias transportadas em navios “das potências que se conservem em paz e harmonia com a minha Real Coroa” e que “não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer a benefício do comércio, e agricultura, que tanto promover, todos e quaisquer gêneros q produções coloniais, à exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados...”. Terminando ali a longa luta do comércio brasileiro para a liberdade.
Hoje em dia muito além de macacos trocados por espelhos entre Brasil e Portugal, dos 12 produtos mais importantes produtos exportados pelo Brasil, 6 podem ser considerados commodities (petróleo, minérios, soja, carnes, açúcar e papel e celulose). Dados consolidados da balança