O brasil e a economia global
Barros não encara este cenário com pessimismo. Em vez disso, afirma que o PIB do Brasil deve entrar em um ritmo de crescimento de 4% ao ano – num momento em que o Banco Central reduziu sua estimativa para 2012 de 3,5% para 2,5%. Com reformas estruturais, por sua vez, o Brasil seria capaz de crescer 4,5%, diz ele.
Em relação aos entraves atuais, Barros questiona o modelo econômico vigente. Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, o modelo brasileiro sustenta-se em quatro pilares: fartura de crédito para o consumo, políticas sociais, câmbio valorizado e carga tributária crescente. Estaria este modelo esgotado? Para Barros, não – mas tampouco é suficiente. É preciso apoiar-se em mais pilares, como competitividade, redução dos gastos públicos, foco em investimento e melhores condições nos financiamentos a longo prazo para a indústria.
O momento é de incertezas – e, por isso mesmo, propício à preparação de um país capaz de enfrentá-las. O panorama global apresentado por Barros não é tão animador. O segundo trimestre de 2012 deve registrar o menor crescimento recente da economia mundial – e, neste ano, a maioria dos países deve crescer menos do que em 2011. Os 8,4 trilhões de dólares injetados pelos bancos centrais internacionais para aliviar a economia não tem surtido efeito. No centro da preocupação, está a Europa, que deve fechar este semestre no fundo do poço. Uma possível ampliação do efeito dominó da crise também vem causando temores. A China, em