O Brasil Territ Rio E Sociedade No In Cio Do S Culo XXI
São Paulo, Rio de Janeiro. Editora Record, 2001.
Capítulo I – A questão: o uso do território e capítulo II – Do meio natural ao meio técnico-científico- informacional. Páginas 23 a 53.
Autores: Santos, Milton e Silveira M. L.
Capítulo I: A questão: o uso do território
Por território se entende a extensão apropriada e usada. Mas o sentido de territorialidade, em pertencer aquilo que nos pertence, ultrapassa a raça humana e prescinde da existência do Estado. A territorialidade humana pressupõe a preocupação com o destino e o futuro, o que entre os seres vivos é privilégio do homem.
A existência de um pais pressupõe um território, mas uma nação nem sempre possui um território ou um estado-espaço político pode-se portanto, falar de territorialidade sem espaço mas não de território sem Estado.
Cada época possui o peso diverso da novidade e da herança. O território é uma questão central da história humana. As técnicas enquanto representativas de uma época, apresentam-se como base para uma proposta de método, de sistemas técnicos que incluem de um lado a modernidade e de outro seus modos de organização e regulação, nesse contexto a divisão territorial do trabalho envolve a distribuição do trabalho vivo e de ouro lado a distribuição do trabalho morto e dos recursos naturais. A divisão territorial do trabalho cira uma hierarquia entre lugares, sendo o meio técnico-científico-informacional a expressão geográfica da globalização.
Com a instalação de um número cada vez maior de pessoas em um número cada vez menor de lugares, a urbanização significa ao mesmo tempo uma maior divisão do trabalho, uma imobilização relativa e um resultado da fluidez aumentada do território. O peso do mercado externo na economia do país acaba por orientar parcela dos recursos coletivos para a instalação de infra-estrutura e serviços e meio de organização voltado para este mercado, culminando num estado de regiões de mandar e regiões de