O blog na educação
A evolução da internet e de suas ferramentas possibilitou uma nova fase para o internauta que passou a ser autor e produtor de suas informações. Essa nova fase ficou conhecida como Web 2.0. Um dos maiores exemplos dessa evolução são os weblogs, palavra composta por web, que significa página na internet, e log, que significa diário de bordo. Surgidos no final dos anos 90, os weblogs, mais comumente conhecido como blogs, surgiram como um diário virtual que permitia um compartilhamento de pensamentos, relatos e reflexões pessoais, mas que exigia um conhecimento técnico de programação. Em 1999, foram criados os primeiros aplicativos e serviços de weblog, como o Blogger, do Google, por exemplo. Foram estes sistemas gratuitos e de baixo custo que facilitaram a disseminação da prática do weblog, e permitiram que qualquer pessoa pudesse ser um blogueiro (como é chamado o autor de um blog). As páginas do blog disponibilizam espaços para que os usuários escrevam comentários onde o leitor pode dialogar com o autor e vice-versa, concordando, discordando ou acrescentando alguma outra discussão ou elemento, como um link para outro blog que discuta a temática abordada. Esse tipo de recurso incentiva a interação entre os usuários, diferenciando o ato de ‘blogar’ do ato de ‘navegar’, já que ao blogar o internauta não fica restrito ao traçar um percurso de leitura próprio que se baseia somente na escolha dos links que o autor disponibiliza. Porém, para que essa ação realmente aconteça, é necessário que o blogar seja “uma ação coletiva e construída de complexificação e transformação da rede hipertextual pela ação de blogueiros e leitores, que terminam por participar também como autores” (Primo e Recuero, 2003, p.4). Por proporcionar e incentivar a interação e a colaboração, os blogs têm sido usados para diversos fins: pessoal, corporativo ou de entretenimento. Atualmente, o blog também ocupa um lugar de destaque no contexto educacional, esse fato pode ser