O benim e o delta do niger
Resumo do texto O Benim e o delta do Níger, segundo o texto: João Afonso de Aveiro chegou a Hugató através do rio Benim(1486). Os portugueses, há mais de uma década, tinham começado a fazer comércio nos golfos do Benim e de Biafra, a freqüentar o delta do Níger e os rios que ficavam a oeste. A foz desses rios servia de itinerário para as caravelas que iam à busca de escravos, os quais serviam de moeda com a finalidade de obter-se ouro na Costa da Mina. Em 1479, as caravelas, numa só viagem, trouxeram 400 cativos que foram trocados por ouro com os acãs. Os portugueses tinham conhecimento da grande cidade de Benim, cabeça do grande reino edo, que ficava no interior.
O obá Euare que reinou entre 1440 e 1473 introduziu o coral e o pano vermelho de flanela na roupagem solene dos reis do Benim. A cidade de Benim era enorme para os padrões europeus da época, causando muita surpresa para João Afonso de Aveiro. De acordo com a descrição do visitante holandês Dierick Ruyters, no final do séc. XVI, uma cidade cortada por uma avenida sete ou oito vezes mais larga do que Warmoes, em Amsterdã. Quanto ao palácio do obá – composta por numerosos prédios, nos quais viviam o rei, suas mulheres e uma porção de nobres, com suas famílias, agregados, servidores e escravos. 60 (sessenta) anos mais tarde, Olfert Dapper também descreveu a cidade de Benim do tamanho da cidade de Harlem. As colunas em madeira das varandas e galerias do palácio cobriam-se de placas de cobre: as placas esculpidas em relevo com cenas de corte, festas, ritos, batalhas e caçadas, que deram fama a Benim. Dentro desse território, tudo girava em torno do palácio e de um monarca poderoso, árbitro da vida e da morte. Um soberano - e isto era mais importante para João Afonso de Aveiro - que detinha o monopólio ou o controle do comércio exterior. Para os portugueses, ali estava o parceiro ideal que buscavam. Dom João II encontrara o aliado de seus desejos, como se via a