o Bem Maior
Próximo ao seu aniversário de dezoito anos, Dumbledore deixou Hogwarts cercado de glórias – monitor-chefe, monitor, detentor do prémio Barnabus Finkley por excepcional proficiência em feitiços, representante da juventude britânica na Suprema Corte dos Bruxos, medalha de ouro por contribuição pioneira à Conferência Internacional de Alquimia no Cairo. Dumbledore pretendia, então, fazer uma grande viajem com Elifas “Bafo de Cão” Doge, o dedicado mas pouco inteligente colega com quem se associara na escola. Os dois jovens estavam hospedados no Caldeirão Furado, em Londres, preparando-se para partir para a Grécia na manhã seguinte, quando chegou uma coruja trazendo a notícia do falecimento da mãe de Dumbledore. “Balfo de Cão” Doge, que se recusou a dar depoimento para este livro, publicou sua versão sentimental do que aconteceu a seguir. Descreveu a morte de Kendra como um golpe trágico, e a decisão tomada por Dumbledore de cancelar sua viagem como um ato de nobre abnegação. Sem dúvida, Dumbledore retornou imediatamente a Grodic’s Hollow, presume-se que para “cuidar” do irmão e da irmã mais jovens. Entretanto qual foi o cuidado que realmente dispensou aos dois? “Ele não batia bem, aquele Aberforth”, diz Enid smeek, cuja família vivia aos arredores de Grodic’s Hollow, à época. “Vivia solto. Claro que, sem mãe nem pai, eu teria me condoído dele, mas o garoto não parava de atirar excremento de bode na minha cabeça. Não creio que Alvo se preocupasse com ele, enfim, nunca os vi juntos.” Então, que fazia Alvo, se não estava consolando seu selvagem irmão mais moço?
A resposta, pelo visto, é: continuava a manter a irmã presa. Embora seu primeiro carcereiro tivesse morrido, não houve alteração na lamentável situação de Ariana Dumbledore. Sua existência continuava a ser conhecida apenas por estranhos confiáveis como “Bafo de cão” Doge, capazes de acreditar na história da “saúde precária”. Outro amigo da família