O belo
O culto do belo, ao substituir o culto dos deuses, conservou o caráter aureático da obra de arte. Ou seja,o passar do campo religioso ao estético, a obra de arte conservou a aura. É preciso, então, explicar como esta foi perdida ou destruída.
A destruição da aura está prefigurada na própria essência da obra de arte como algo possível porquê ela possui dois valores:o de culto e o de exposição e este último suscita a reprodutibilidade quando as condições sócio-históricas a exigirem e a possibilitarem.
* Arte e filosofia.
Dois grandes momentos do ponto de vista filosófico da teorização da arte:
1.Arte Poética: Estuda as obras de arte como fabricação de seres, ações e gestos artificiais, isto é, produzidos pelo artífices ou artistas. Teoria inaugurada por Platão e Aristóteles.
2. Estética: Que se refere as obras de arte enquanto criações da sensibilidade (dos cincos sentidos e dos sentimentos causados por ela) tendo como finalidade o belo. Introduzida em 1750 com o alemão Baumgarten.
* Belas-Artes.
A noção de estética,quando formulada e desenvolvida nos séculos XVIII e XIX, concebia as artes como belas-artes e pressuponha que: 1. Arte é uma atividade humana autônoma; 2. Arte é o produto da sensibilidade, imaginação e da inspiração livre do artista; 3. A finalidade da arte é desinteressada ou contemplativa; 4. A contemplação do artista, é a busca do belo, e a do público é o julgamento do belo, por meio do juízo de gosto; 5. Beleza é o objeto próprio da estética, que é autônoma; 6. Valor da obra se deve à sua beleza e originalidade.
* A arte como trabalho criador.
(...) De fato, as artes deixaram de ser pensadas pela filosofia e pela crítica de arte exclusivamente do ponto de vista da produção e contemplação desinteressadas da beleza para serem vistas de outras perspectivas, como expressão de emoções e desejos, interpretação e crítica da realidade social, atividade inventora de procedimentos inéditos para