O barulho dos jingles
“ A música tem uma importância incrível”, diz Henry. “Já foi dito que a música detém pelo menos 50% do poder de um comercial de TV. Mais ainda, pode-se dizer que a música é o que há de mais emotivo no mundo. Todas as artes sonham em ser como a música. A música leva você a lugares onde nada mais o que apela aos sentidos consegue levar. Ela atinge profundamente o lado emocional das pessoas.”
Música é uma coisa, mas o típico jingle de rádio é outra. Será que o comercial cantado é a forma de vida mais primitiva no reino da publicidade? Eis aqui alguns clássicos:
Brilcrem, apenas um pouquinho
Brilcrem você vai brilhar
Brilcrem é o melhor caminho
Para mil pequenas conquistar.
Só Esso dá ao seu carro o máximo
Só Esso dá ao seu carro o máximo...
Veja o que Esso dá...
Ao longo dos anos, a música de fato conseguiu gravar muitos temas de campanhas publicitárias em nossa mente. Marlboro e Coca-Cola são os primeiros exemplos que nos ocorrem. Aliás, Alberts cita o caso de um desastre aéreo ocorrido na Espanha: a caixa preta registrou a voz do piloto enquanto o avião caía. Sem pensar, ele começou a cantar um jingle do tempo em que tinha sete anos de idade.” Para a bebida esportiva PowerAde, sua agência criou um jingle que foi transmitido tão repetidamente durante um mês que até se tornou um “fator irratante” na mente dos esportistas na série seguinte de comerciais, subvertendo assim o processo de trabalho com jingles.
A música já fez muitos milagres no rádio. O primeiro comercial cantado transmitido pelo rádio nos Estados Unidos salvou da extinsão a famosa marca de cereais Wheaties. Diante de uma queda nas vendas, a General Miils já estava prestes a tirá-lo do mercado. Foi então que, na véspera de Natal de 1926, o Quarteto Wheaties cantou uma musiquinha chamada “Você já experimentou os Wheaties?”. E entrou para a história .
“Tanto quanto os outros publicitários, eu também não gosto de jingles cafonas; mas creio que o pêndulo acabou