O barrocoe o mineiro
1754 palavras
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A GRAÇA: DO PECADO À SALVAÇÃO!A vida na graça é um tema polêmico dentro do Cristianismo. Trata-se da experiência fundamental da fé na qual assumimos a vida em Deus como a maior realização do humano. A Graça Divina é um projeto pela plenitude da pessoa, dentro de uma existência mais digna e uma vida mais amorizada, mediante os critérios da verdade. A vivência da graça muda a nossa relação com o Divino e nos torna cada vez mais humanos. Ela é força motora que nos potencializa para enfrentar o cotidiano com dignidade, retidão e justiça.
Graça é uma palavra latina – gratia – e significa agrado. Em sua origem está a relação de pessoalidade com o Sagrado. Deus é reconhecido como Alguém próximo e não como uma realidade distante e aquém de nós. Diante da graça, o Mistério Divino torna-se o companheiro fiel do humano em um mundo cada vez mais desumano: um mundo esquecido de sua origem em Deus.
A graça nos faz assumir um novo modo de vida sob a ótica do amor. Dá-se um basta à tentativa de vitimar-se frente aos problemas, deixamos de lado o desejo infantil de sermos preferidos em tudo, acolhemos o dom da existência como manifestação biográfica do ser, perdoamos fatos dolorosos do passado, minimizamos situações periféricas do cotidiano e evitamos a problematização de determinadas circunstâncias que outrora nos abalariam a vida.
A graça é conduzida pela fé e testemunhada pelas obras. Uma não existe sem a outra. A graça sem fé fica vazia de seu conteúdo fundamental. Já distante das obras, perde a autenticidade defronte o movimento de amizade em relação à obra da criação. A junção da fé com as obras é a síntese da graça.
Pela graça é possível perceber a presença do bem em nós e o modo como temos imprimido o mundo com as marcas de Deus. Diante dela a vida ganha um norte e a esperança passa a ter sentido. Justamente por isso, se faz necessário compreender que a graça não é uma produção do intelecto, não é uma justaposição de ideias e muito menos uma manifestação