O Banquete - Resenha
Silas Alves Costa
A narrativa inicia-se pela curiosidade de um homem não identificado em saber de Apolodoro acerca dos discursos discorridos num banquete promovido por Agatão, seguidor de Sócrates. Neste encontro, os homens expõem sua sabedoria acerca do amor. Assim, Fedro inicia a discussão exaltando o deus Eros e criticando os poetas por não fazerem o mesmo, já que este seria um dos deuses mais antigo e indutor das virtudes e da felicidade. Para Fedro, o Eros expressa-se nas relações do Amante em vista do Bem-amado.
Para Pausânias, todo ato entre Amante e Amado induzido pelo prazer carnal em si mesmo é feio e desonroso. Ele baseia seu discurso na ideia de que o amar não é belo nem feio, mas os motivos que o desencadeia, torna-lhe belo ou feio. Sua beleza está ligada a todos os motivos constantes como a alma e o desejo de obter virtude e sabedoria até então contidas no Amado.
Ainda louvando o deus, como propôs Fedro, o médico Eríximaco diz que o seu poder é universal, portanto, mantém em harmonia muito mais que a relação entre homens, mas também a relação entre os deuses e deste com os mortais. Também abrange a consonância da música, da medicina, dos astros e da natureza em geral, já que, segundo o médico, tudo o que posto à existência é constituído de contrariedades e somente o amor é capaz de amenizar esses extremos.
A explicação de Aristófanes para o amor baseia-se na crença em que nos inicio dos tempos haveria um terceiro gênero que uniu duas personalidades em uma só. Este ser, por afronta aos deuses, foi dividido em dois. Assim, um procura o outro, motivados pelo amor. Se fossem antes do sexo igual, assim seria sua afinidade pelo mesmo sexo. Isto explicaria a tão forte atração que existe entre os amantes, a ponto de estarem fundidos em seus sentimentos, assim como estiveram fisicamente.
Agatão, anfitrião do banquete, louva o amor pela sua essência, cita sua supremacia entre os deuses e completude em tudo o que há, e, apesar disso,