O Banquete (Platão) - Discurso de Erixímaco (Resumão)
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5. Erixímaco Erixímaco, é o terceiro orador a falar, segundo ele o amor não exerce influência apenas nas almas, mas dá ainda, harmonia ao corpo. Formado em medicina, quer acabar o discurso de Pausânias, dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos homens, mas também nos outros seres, nos corpos dos animais, em todas as plantas, e na natureza em geral. Para ele, a natureza orgânica comporta dois Eros, a saúde e a doença, e que "o contrário procura o contrário", frio contra calor, amargo contra doce, etc. Um é o amor que reside no corpo são; o outro é o que habita no corpo doente. Tal como a medicina procura a convivência entre os contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as necessidades físicas e espirituais.Assim, Pausânias termina seu discurso e de acordo com a disposição dos homens no banquete o próximo seria Aristófanes, mas ele se encontrava em soluços e passou a vez para Erixímaco, o terceiro a discursar. Ele era médico, e diz que o amor não exerce influência apenas nas almas, mas dá a harmonia e o bem estar ao corpo, aos animais e a natureza. Mantém a posição de que existem dois deuses, o saudável que é o amor que reside no corpo, e o mórbido que habita o corpo enfermo. Deve-se desfrutar o prazer sem prejuízo á saúde, se há exagero vem a peste. Após ter cessado o soluço, Aristófanes, autor do tetro grego, começa a expor o que tem a falar sobre o amor.
Erixímaco aprova a distinção de Pausânias sobre a duplicidade do Amor e, universalista, o amplia a todo cosmo: “grande e admirável, e a tudo se estende ele, tanto na ordem das coisas humanas como entre as divinas”. Como é um médico, faz uma analogia com sua arte, dizendo que a medicina suscita Amor e concórdia, promove harmonia, combinando opostos (o sadio e o mórbido) que se estende por todo universo: “deve-se conservar um e outro amor (...). De fato, até a constituição das estações do ano está repleta desses dois amores, e quando se tomam de um moderado amor um pelo outro os